Havan anuncia operação 100% RFID

A tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID) já fez a companhia de varejo reduzir em 30% os valores dos seus estoques de produtos, nas 155 lojas espalhadas pelo país

Edson Perin

A Havan, uma das maiores redes de varejo do Brasil, está anunciando sua operação com identificação por radiofrequência (RFID) em 100% dos produtos que comercializa como “um dos projetos de RFID mais rápidos do mundo”. Segundo Alexsandro Eloi Venâncio, executivo do Havan Labs, em dois anos foram inseridos 500 fornecedores e milhões de tags em produtos que agora são totalmente identificados e rastreados pela empresa, dos Centros de Distribuição até as lojas. Além disso, uma das mais prestigiadas companhias de varejo do Brasil, com a famosa Estátua da Liberdade em suas fachadas, pode reduzir em 30% os valores de produtos em estoque, derrubando custos e aumentando a eficiência das operações de atendimento e de omnichannel.

Até o mês que vem, maio de 2021, a Havan pretende concluir o projeto de controle de mercadorias rodando em todas as suas lojas. Um aplicativo de RFID foi desenvolvido pelo time da Havan Labs, com os parceiros de tecnologia selecionados pela corporação, com o intuito de facilitar a vida dos colaboradores e clientes. “Com RFID, a Havan irá facilitar e acelerar a procura por produtos nos estoques das lojas e agilizar a contagem de inventário, ganhando na economia de tempo, otimização de tarefas e redução de custos”, diz Venâncio.

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Faz mais de 10 anos que a Havan começou a investigar RFID como ferramenta de negócios, quando as tags ainda tinham custos altos e os equipamentos de gravação e leitura também, o que inviabilizou a implantação da tecnologia logo no início dos testes. Anos depois, a companhia conheceu o caso de sucesso da Brascol, empresa do Brás, em São Paulo (SP), que investiu pesado e obteve sucesso com a tecnologia RFID da iTAG Etiquetas Inteligentes, reduzindo furtos de produtos e ganhando retorno nas operações de mercadorias.

Assim, começava uma nova fase da análise da RFID pela equipe da Havan que, com o apoio da iTAG, foi descobrindo as vantagens e possibilidades que a tecnologia abre para as empresas que têm estoques em grandes volumes, portanto com custos altos, e processos de distribuição críticos. Outros fornecedores foram surgindo para fornecer tecnologias complementares ao longo do tempo, como a Haco, Hasar Brasil, Impinj, Chainway, SmartX Tags e Zebra.

Hoje, a Havan tem mais de 320 leitores RFID em operação em todos os seus estabelecimentos físicos, sem falar em impressoras habilitadas para esta tecnologia, antenas e outros equipamentos complementares. “Todas as etiquetas têm RFID, QR Codes e Códigos de Barras”, explica Venâncio, afirmando que nem sempre a RFID tem o custo mais econômico. “Depende da operação”, completou, dizendo que a RFID trouxe muito valor agregado.

A Havan conseguiu aperfeiçoar sua atuação no e-commerce, o que ainda não era uma de suas prioridades antes da pandemia, mas que foi implantada no decorrer do ano passado e de um modo bastante acelerado graças ao controle eficiente de seus estoques, tanto na recepção, como distribuição e rastreamento de produtos.

“Nossos fornecedores já nos encaminham todos os seus produtos com etiquetas RFID que já contém QR Codes e Códigos de Barras. Na China, os fornecedores utilizam as etiquetas fornecidas pelo birô local que a iTAG abriu. Com isso, todos os nossos fornecedores, mesmo os que operam na Ásia podem entregar os produtos adequadamente dentro dos nossos requisitos”, esclarece Venâncio, afirmando que o padrão GS1 foi implantado para facilitar todos estes processos internacionais e locais.

Cada uma das 155 lojas da Havan tem de 5 mil a 6 mil metros quadrados, agora com total precisão de estoque e realização de inventários constantes em alta velocidade. “Nosso intuito agora é ampliar a utilidade da tecnologia, inclusive fazendo com que os nossos fornecedores se beneficiem dela”, planeja o executivo. “A implantação de self check-outs, que permitem aos clientes fazer compras e pagamentos sem ter de esperar em longas filas, usando caixas automáticos, faz parte dos planos”.

Na avaliação de Venâncio, a Havan conseguiu atingir metas importantes por meio do controle de produtos utilizando RFID. “Alguns dos ganhos podem ser medidos, como a redução de 30% no valor dos estoques. Mas há outros benefícios que são intangíveis, como encontrar facilmente os produtos que os clientes compraram por meio dos recursos da RFID”, argumenta. “Assim, deixar os clientes satisfeitos é um ganho que também não se tem como calcular, mas resulta em bons negócios para a nossa companhia”.

Assista à entrevista na íntegra em nosso Canal no Youtube. Clique aqui, inscreva-se e deixe o seu “like”.

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