Edson Perin
Há pouco mais de três meses, recebi um e-mail de um empresário do setor de confecções pedindo sugestão de fornecedores de soluções de identificação por radiofrequência (RFID), interessado em realizar implantações em sua fábrica e lojas. Disse a ele, como sempre faço, que procurasse entre nossos patrocinadores e, também, nas matérias publicadas, já que os casos de sucesso que apresentamos no IoP Journal se referem aos projetos destes fornecedores.
Ele pesquisou, entrou em contato com as empresas que sugeri e retornou o meu e-mail dizendo que tinha achado muito caros os orçamentos e que optaria por um fornecedor que tinha aparecido para ele no Google, durante suas pesquisas. E me perguntou se eu conhecia este fornecedor que “caiu do céu” – ou do Google. Disse a ele que não conhecia e expliquei que, muitas vezes, “a experiência do barato pode custar muito caro”.
Dito e feito. Há poucas semanas ele me enviou outro e-mail dizendo que a tecnologia RFID era muito complexa, que não funcionava como ele esperava e que tinha perdido um bom dinheiro investindo em RFID. E eu dei a ele a mesma recomendação que tinha dado antes, repetindo que a solução barata pode dar este tipo de problema e que não era a primeira vez que eu tinha notícia de uma situação ruim deste tipo.
Curiosamente, ao fazer a matéria sobre a Camboriú (leia mais em Camboriú lê 300 unidades de produtos de uma só vez), soube que a empresa pernambucana de confecções teve uma experiência desafiante antes de contratar a iTAG como fornecedora da solução de identificação por radiofrequência (RFID). O primeiro fornecedor, o mais barato, fez a equipe da confecção ter muito retrabalho, segundo Edjane Nunes de Araújo, sócia-diretora da companhia.
Vale lembrar que a multinacional iTAG, nascida no Brasil, é uma das mais reconhecidas integradoras de RFID do mundo, tendo sido premiada dentro e fora do país, por seus casos de sucesso em diversos setores.
A solução RFID bem-sucedida da Camboriú – que permite fazer o controle de toda distribuição e de inventário em alta velocidade, com acerto de 100% e contagem de 300 unidades de uma só vez – foi totalmente fornecida pela iTAG e funciona integrada ao sistema de gestão eletrônica (ERP) fornecido pela Webpic, além de ser baseada em padrões internacionais da GS1.
A Camboriú está apostando agora, com a solução da iTAG, em um salto das vendas no verão, já que se dedica à fabricação de moda praia e fitness. “Eu estou esperando um Verão Incrível, com RFID”, afirmou Edjane, graças ao trabalho bem sucedido de implantação realizado por Orlando Henrique, da filial da iTAG no nordeste.
A companhia de confecções tem se destacado por priorizar qualidade em acabamentos, modelagem e design inovador, além de investir em tecnologia e inovação.
Eu conversei com Edjane, em vídeo, para ela contar a experiência com RFID da Camboriú, cuja fábrica fica em Santa Cruz do Capibaribe (PE). Clique aqui e assista no Canal IoP Journal no Youtube. Vale a pena conhecer esta história de desafios que antecedeu a escolha de um fornecedor de RFID realmente capacitado.
Fica aqui o aprendizado de quem escolheu um fornecedor pelo menor preço de implantação e acabou tendo de refazer todo o projeto. Ou seja, quase sempre não é o melhor negócio selecionar pelo preço. A escolha de um fornecedor de identificação por radiofrequência que conhece o seu negócio, pelo que tenho visto em mais de 20 anos de cobertura desta tecnologia, faz parte dos itens fundamentais para uma implantação RFID bem-sucedida.
Edson Perin é jornalista especializado em tecnologias para negócios e editor do IoP Journal