Camboriú lê 300 unidades de produtos de uma só vez

Adoção da tecnologia da identificação por radiofrequência (RFID), da iTAG, acelerou diversas etapas de negócios, trazendo ganhos operacionais para a empresa por meio da integração com o ERP da Webpic

Edson Perin

A Camboriú tem se destacado no mercado em relação aos seus concorrentes por priorizar qualidade em acabamentos, em modelagem e design inovador, matéria-prima com tecnologia e inovações. Esta é a definição dada pela sócia-diretora da empresa, Edjane Nunes de Araújo. Localizada em Santa Cruz do Capibaribe (PE), a indústria produz e distribui os produtos para lojas. “Também fazemos vendas através de site, aplicativo e representantes”, afirma Edjane.

Há anos a empresa vinha usando leitores de código de barras, fazendo leitura individual de produtos. “Agora temos com a identificação por radiofrequência (RFID) uma leitura mais rápida do que os códigos de barras, lendo até 300 unidades de uma só vez, agilizando nosso processo de conferência de lotes e vendas”, declara.

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Edjane Nunes Araujo

A implantação de RFID segue os padrões da GS1, com benefícios como a impressão, movimentações, controle de estoque, acuracidade nos processos e segurança dos produtos. Os leitores estão instalados em portais “caixas de metal” e mesas leitoras, sendo três equipamentos na fábrica e dois em duas lojas.

“Colocamos os produtos dentro dos portais que – através da integração da iTAG [empresa responsável pela implantação dos sistemas RFID] – fazem uma leitura rápida dos itens inseridos”, explica Edjane. As tags em uso são da Tecnoblu e as etiquetas adesivas com chip RFID da iTAG, sendo que cada produto contém uma tag e uma etiqueta adesiva. As tags e etiquetas são inseridas no produto no momento da produção e seguem nele até chegar no consumidor final.

A solução RFID da iTAG está totalmente integrada com o sistema de gestão eletrônica (ERP) fornecido pela Webpic; o banco de dados fica na nuvem. “Iniciamos [a implantação] no almoxarifado com as etiquetas que chegam da iTAG com chip interno, e colocamos nossas informações nelas. Exemplo: referência, cor, tamanho, em seguida, conferimos no leitor de mesa se todas estão sendo lidas corretamente, colocamos nos pacotes que vão para costura, quando chega no acabamento são coladas nas tags e seguem para o estoque da fábrica para distribuição para lojas, clientes e e-commerce”, esclarece. “A agilidade e precisão na contagem atendeu as nossas expectativas”.

Assista à leitura de peças na Camboriú

Segundo Edjane, os maiores desafios do projeto ocorreram na hora de colocar as etiquetas em todas as peças que já estavam prontas em estoque. “Tivemos de abrir embalagens e colocar em todas”, explicou. “Também houve toda uma mudança no processo de vendas e forma de leitura nos portais e mesa R3, então tivemos que treinar toda a equipe. Até hoje ainda aprendemos a cada dia coisas novas”.

Os benefícios gerais obtidos com o sistema, na opinião da diretora da Camboriú, foram a rapidez nas vendas, principalmente de atacado; rapidez na conferência de produtos de terceiros, seja na entrada ou saída; rapidez no inventário; e segurança no processo de vendas.

Edjane afirmou que no momento a empresa está em fase de conclusão de implantação de novos equipamentos para melhorar os serviços. “Nossa ideia para o futuro é poder aproveitar os recursos que a RFID oferece, como monitoramento dos nossos produtos nas lojas dos nossos clientes, podendo assessorar na reposição, ver o giro dos produtos etc.”

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Camboriú lê 300 unidades de produtos de uma só vez

As tarefas de middlewares envolvem o gerenciamento das leituras e movimentações, organização de dados. O desenvolvimento e fornecimento ficou a cargo da filial da iTAG do Pernambuco, sob a responsabilidade do analista de projeto Orlando Henrique, que instalou todos os equipamentos, além de ajudar a treinar toda a equipe da indústria e lojas.

O primeiro contato com a RFID foi realizado por uma executiva da empresa. “A gerente do comercial viu o sistema funcionando em uma loja de nossa região, conversou com a gerente da loja que forneceu o contato da iTAG, conversamos com a empresa e iniciamos a aquisição”, conta Edjane. “A implantação de RFID foi uma experiência positiva na empresa, e os desafios foram investimento e treinamento de equipe”.

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