Banco Central da Suécia inicia piloto de moeda digital

O Riksbank começou a testar uma moeda digital projetada para permitir que os consumidores a armazenem, façam pagamentos, depósitos e retiradas por um aplicativo móvel, sem papel

IoP Journal

O Banco Central da Suécia acaba de anunciar os primeiros testes-piloto de uma moeda digital, para substituir o papel. O Riksbank desenvolveu a nova moeda digital para permitir que os consumidores armazenem uma versão eletrônica da coroa sueca em uma carteira digital e façam pagamentos, depósitos e retiradas por meio de um aplicativo móvel. O piloto envolverá usuários simulados, que poderão usar sua carteira de moeda digital para efetuar pagamentos por e-krona via smartphones, dispositivos vestíveis e cartões.

“O objetivo é criar, em um ambiente de teste isolado, uma coroa digital simples e fácil de usar”, afirma o Riksbank – e também “atender a requisitos críticos de segurança e desempenho”. “A solução técnica será baseada na tecnologia de contabilidade distribuída (DLT), geralmente chamada de tecnologia blockchain”, explica o banco central em um documento oficial. “O projeto pretende mostrar como uma e-krona [moeda digital] pode ser usada pelo público em geral”.

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O piloto funcionará até o final de fevereiro de 2021, com a opção de estender e desenvolver a solução técnica. “Atualmente, não há decisão sobre a emissão de uma e-krona, como uma e-krona pode ser projetada ou qual tecnologia pode ser usada”, de acordo com o Riksbank. “O principal objetivo do piloto é o Riksbank aumentar seu conhecimento sobre uma coroa digital do banco central”.

Os pagamentos por dinheiro digital estão se tornando cada vez mais populares em todo o mundo, substituindo inclusive os cartões de plástico de débito e crédito, que estão cedendo espaço para os smartphones. Os cartões de pagamento de débito e crédito têm perdido a preferência dos compradores e vendedores, principalmente porque os smartphones são mais rápidos e cômodos para pagar e, também, para receber.

Na China, por exemplo, os QR Codes são mais usados para pagamentos via celular há alguns anos, sem nenhum cartão de débito ou de crédito e nem dinheiro físico. Os pagamentos via QR Code na China foram estimulados devido à grande falsificação de papel moeda no país, o que estimulou comerciantes e o próprio governo a adotarem os QR Codes como meio de pagamento e forma de combate ao crime organizado.

Os QR Codes são uma das soluções possíveis com imagens codificadas que, por meio de códigos visíveis, permitem que o comprador pague por um produto somente focando a câmera fotográfica do smartphone ao desenho quadriculado impresso na embalagem de um produto ou numa tabela de preços e códigos para se escanear.

Uma alternativa já disponível é a Impressão Digital, com a vantagem de usar códigos invisíveis. Assim, uma embalagem de produto – sem nenhum código especial aparente – pode se comunicar com uma câmera de smartphone de modo natural, como se fossem os olhos de uma pessoa, que consegue reconhecer produtos somente observando suas embalagens. O que acontece, neste caso, é que os códigos estão embutidos na imagem decorativa da embalagem, criando uma identificação personalizada e individual, sem modificar em nada o seu layout.

Esta solução permite inclusive levar informações sobre o produto que ajudam inclusive em sua logística. E mais do que isso: podem favorecer experiências diferenciadas para o consumidor, como exibir vídeos, manuais de uso, informações sobre a validade do produto, preparo de receitas, autenticidade de fabricação, garantia e até orientar os compradores sobre o descarte correto de embalagens e até do produto em si.

No caso dos chips codificados, a identificação por radiofrequência (RFID), especialmente as soluções de NFC (Near Field Communication), tem sido o principal recurso para pagamentos. Neste caso, há um custo adicionado: o do chip, ou seja, do semicondutor que fará as vezes de um computador minúsculo capaz de armazenar dados sobre as mercadorias.

Especialmente quando não há jeito de os sistemas focarem suas câmeras sobre uma embalagem – quando várias caixas estão dentro de outra caixa maior, por exemplo – o uso de etiquetas inteligentes se torna inevitável. Porém, como hoje (ainda) não há meio de se fazer uma leitura de RFID UHF [exceto a de NFC] via smartphone, a melhor maneira de garantir também um contato direto entre manufatura e consumidor tem de ser por meio de QR Codes ou Impressão Digital.

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