SmartX Tags realiza vendas em plena crise do coronavírus

CEO Pedro Moreira adquire plano de saúde para funcionários da start-up, introduz metas de segurança e mantém a empresa funcionando, para garantir assim o pagamento de salários

Edson Perin

Setores da sociedade passaram a discutir, inclusive no meio médico, se a paradeira da economia não pode ser potencialmente mais danosa para as pessoas do que a pandemia de coronavírus e suas consequências para a saúde humana. Enquanto uns teorizam, outros executam na prática do dia-a-dia. Um exemplo de empresário que está fazendo a economia reagir mesmo com a crise do setor de saúde, pela qual passam todas as regiões do planeta, chama-se Pedro Moreira, CEO da start-up brasileira SmartX Tags.

Dedicada à fabricação e implantação de soluções de identificação por radiofrequência (RFID) e de Internet of Packaging (IoP), a SmartX Tags tem como clientes diversas empresas dos mais variados setores, como a Havan, que automatizou todo o seu processo de distribuição de mercadorias entre os centros de distribuição e a rede de lojas, por meio da tecnologia da SmartX Tags – a iTag também fornece tecnologia RFID para a Havan, utilizada para operar os estoques das lojas, rastreando os produtos a partir da entrada em cada estabelecimento até o check-out.

Moreira, da SmartX Tags, resolveu o problema de manter sua fábrica em funcionamento, para entregar vendas já realizadas e até para poder atender aos futuros negócios, com algumas medidas práticas e criativas. A primeira foi a de contratar um plano de saúde para fazer com que todos os colaboradores passassem a ser beneficiados a partir de primeiro de abril e,assim, garantir o bem estar dos colaboradores nesta missão de manter o funcionamento da linha de produção de tags RFID. “Afinal, ninguém consegue trabalhar tranquilo, sabendo que se precisar de assistência médica estará desprotegido ou dependendo do já saturado sistema de saúde pública”, diz Moreira.

Outro conjunto de medidas se referem ao operacional da fábrica e a garantia de segurança de saúde dos trabalhadores, como transporte por Uber para que todos que não têm seu próprio veículo possam evitar uma possível contaminação nos transportes coletivos, carona solidária entre funcionários, marmitas para que os colaboradores evitem de comer em estabelecimentos externos e disponibilidade de álcool gel e sabão para as pessoas poderem se higienizar no decorrer do dia.

“Também sugerimos aos funcionários que, caso tenham algum sintoma de coronavírus, permaneçam em casa para evitar que outros colegas sejam contaminados”, afirma Moreira. Desta forma, a SmartX Tags garante aos colaboradores o pagamento dos salários e se mantém ativa e pronta para atender a novos pedidos, que já começaram a surgir, inclusive de clientes novos, que passaram a enxergar na RFID uma maneira de evitar o contágio de pessoas por coronavírus nas cadeias de suprimentos, por exemplo.

Um dos novos clientes é uma empresa do setor de saúde, que está fornecendo equipamentos para hospitais de campanha instalados em São Paulo e que precisa garantir que poderá localizar seus bens depois da operação de emergência do Sistema Único de Saúde (SUS).

Assista à entrevista com Pedro Moreira, CEO da SmartX Tags, na íntegra:

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