Hospitais inteligentes usam RTLS para identificar funcionários

À medida que médicos e enfermeiras vão a leitos do OhioHealth, suas informações são exibidas em um monitor de TV para que os pacientes possam identificar quem entra e sai

Claire Swedberg

O OhioHealth está adotando a tecnologia de quartos inteligentes (smart-room technology) em seu novo Pickerington Methodist Hospital, projetado para tornar a hospitalização mais confortável para os pacientes e seus familiares, ao mesmo tempo em que melhora a experiência de trabalho para quem os trata. A solução, fornecida pela eVideon, integra-se com soluções de sistema de localização em tempo real (RTLS), além de outras tecnologias, para proporcionar entretenimento e educação, além de um atendimento mais personalizado aos pacientes. Em parte, isso é feito identificando os profissionais de saúde quando eles entram no quarto do paciente e, em seguida, compartilhando informações sobre eles para os que estão na sala em uma tela interativa.

A solução, denominada Vibe Health, inclui ainda uma televisão inteligente, um tablet, digital signage e software de gestão. O hospital optou por implantar a solução após realizar pesquisas com pacientes e funcionários, criando uma sala simulada para testar a tecnologia e permitir que os trabalhadores participassem dos testes, de acordo com Tom Gutman, consultor sênior de simulação de aprendizado da OhioHealth. A abordagem colaborativa, incluindo testes, era imperativa para a instalação, diz ele, acrescentando: “Não queremos colocar tecnologia apenas pela tecnologia”.

O projeto “Hospital do Futuro” começou em 2022 para explorar o que poderia ser possível. Sua equipe identificou a solução certa no verão daquele ano, com a construção do novo hospital programada para ser concluída em dezembro de 2023. A equipe começou com entrevistas individuais de pacientes e prestadores de serviços sobre os desafios que enfrentam, bem como o que gostariam de vivenciar em um futuro hospital. “Queríamos começar com pessoas que utilizaram recentemente o hospital ou que o usam no dia-a-dia”, diz Erika Braun, consultora de experiência do usuário e design de produto da OhioHealth.

A equipe coletou uma lista de prioridades, diz Braun, a primeira das quais foi a comunicação entre funcionários e pacientes. A segunda prioridade era lidar com as distrações e o trabalho árduo que afastavam os enfermeiros dos leitos dos pacientes, incluindo a busca manual de equipamentos e a entrada de dados. O terceiro desafio para os trabalhadores foi baseado na tecnologia conectada, pois a equipe queria implantar uma solução que facilitasse os fluxos de trabalho, oferecesse automação sem substituir o toque humano e tornasse o hospital aconchegante e confortável. Outra prioridade foi a personalização. “Não queremos que nossos pacientes se sintam um número”, afirma ela. “É importante para nós que os pacientes se sintam ouvidos.”

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Hospitais inteligentes usam RTLS para identificar funcionários

A solução inclui um sinal de porta digital, integrado ao software de registros médicos eletrônicos (EMR) da Epic do hospital, que exibe informações aos profissionais de saúde relacionadas a um paciente de um determinado quarto antes de entrarem, o que pode incluir alergias ou status de isolamento. O sinal digital da porta tem luzes de LED ao redor, diz Gutman, que são acionadas por eventos na sala para fornecer alertas ou atualizações de status. Dentro da sala, uma TV na parede do paciente fornece conteúdo interativo, incluindo pedidos de comida, educação, filmes e um quadro branco digital, tudo em uma única tela.

A funcionalidade RTLS, fornecida pelo sistema de chamada de enfermagem Critical Alert da OhioHealth, consiste em crachás ativados por infravermelho e alimentados por bateria usados pelos membros da equipe. O número de identificação exclusivo de cada crachá está vinculado a detalhes sobre um trabalhador específico, explica Gutman, incluindo a foto e a função dessa pessoa, como enfermeira, cirurgião ou fisioterapeuta. Aqueles que usam os crachás podem incluir assistentes de atendimento ao paciente e hospitalistas (os prestadores de atendimento que supervisionam o atendimento ao paciente).

Quando um indivíduo com crachá entra em uma sala, o sensor RTLS transmite dados para sensores montados na entrada, que encaminham essas informações para o software Vibe Health. O software então identifica o indivíduo e exibe sua imagem e descrição na tela da TV. Dessa forma, é menos provável que os pacientes fiquem confusos com as idas e vindas do pessoal. A longo prazo, diz Gutman, o hospital pode fazer mais com a tecnologia. “Existem tantos casos de uso quando olhamos para o RTLS”, afirma ele, relacionado à criação de um espaço mais eficiente. Até dezembro deste ano, o novo hospital será inaugurado com 66 quartos, todos projetados para serem quartos inteligentes.

A solução Vibe Health está em uso em hospitais, aproveitando vários recursos importantes, diz Scott King, CTO da eVideon. A TV interativa, explica ele, transforma o que antes era entretenimento unidirecional em uma experiência interativa. Ele pode incluir auxílios para dormir, como sons relaxantes, e o sistema pode acionar automaticamente vídeos educativos relevantes para os pacientes com base em sua condição. “Acaba sendo uma experiência muito personalizada”, afirma King. Como o software Vibe Health pode ser integrado ao software EMR de um hospital, os nomes dos pacientes podem ser exibidos em uma tela, juntamente com uma saudação, assim que forem designados para seus quartos.

O sistema rastreia o que foi assistido e pode retomar o conteúdo caso o paciente precise sair da sala. Além disso, os pacientes podem receber crédito por quaisquer instruções educacionais que visualizarem. O tablet de cabeceira da Vibe Health é outra parte da solução, diz King, assim como o quadro branco digital na sala que pode listar dados relevantes, seja em uma tela dedicada ou, como a OhioHealth implantou o sistema, diretamente no monitor de TV. “Ele substitui um quadro branco”, afirma King.

Os dados coletados com base em RTLS podem ser fornecidos com uma variedade de tecnologias, relata King. O software é independente de tecnologia, diz ele, então Bluetooth, RFID ou outros sistemas podem ser implantados para identificar os indivíduos quando eles entram. Os dados também podem ser disponibilizados para o pessoal, que pode visualizar um histórico de quem esteve no quarto de um determinado paciente, por quanto tempo e quando isso ocorreu. Com cada empresa de assistência médica, diz King, a eVideon trabalha com a administração e suas equipes clínicas e de TI durante o planejamento e a implantação.

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