Grupo Cristina elimina erros operacionais e custo de inventário

Com a solução RFID da Haco, a companhia reduziu o custo dos inventários e melhorou seus processos de negócios, utilizando padrões GS1

Edson Perin

O Grupo Cristina, empresa têxtil brasileira do segmento bebê e infanto juvenil, que distribui suas marcas no Brasil e mercados da Europa, Oriente Médio, África e Américas, reduziu o custo dos inventários e melhorou seus processos de negócios, utilizando a solução de identificação por radiofrequência (RFID) implantada pela Haco RFID, com padrões GS1. A companhia localizada em Blumenau (SC) teve a RFID implantada na loja de fábrica, visando a expandir a tecnologia para toda a rede. O projeto, porém, foi exclusivo para o processo do varejo, pensando em replicação para outros clientes que não necessariamente tenham fábricas.

Nas operações de inventário, por exemplo, a companhia necessitava – antes da implantação da RFID – de quatro pessoas dedicadas à contagem dos mais de 20.000 itens, durante dois ou três dias. Com a tecnologia da Haco, a loja de fábrica do Grupo Cristina realiza a contagem com índice de acerto próximo de 100%, muito maior do que o da contagem manual [segundo estudos internacionais, a contagem de estoques por códigos de barras não ultrapassa os 86% de acerto], e com apenas uma pessoa, no período de, no máximo, duas horas. Além disso, a companhia eliminou os erros em Notas Fiscais, evitando também o retrabalho em outros processos de negócios.

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Como funciona a RFID da Haco no Grupo Cristina

Os equipamentos em uso pelo estabelecimento são, atualmente, um leitor handheld Acura TLS BTL-1000, uma antena Votu e um leitor Acura Acupad50. E as tags são Haco RFID, com inlay encapsulado em tag tecido reaproveitável. Estão em uso aproximadamente 20 mil tags, com inlay padrão 73×19 com chip Impinj Monza R6.

Antes da RFID, o inventário de loja tinha de ser realizado manualmente, por códigos de barras, o que levava em torno de três dias com uma equipe de quatro a seis pessoas, com inúmeros erros. A entrada de mercadoria tinha de ser realizada pelo balcão da loja, travando a operação de frente de caixa no momento do recebimento, porque exigia bipar item por item. A incidência de Notas Fiscais (NF) que vinham com item errado ou trocado para a loja gerava transtornos e retrabalho para a correção. Além disso, localizar um item numa loja de 20 mil peças era trabalhoso e nem sempre possível.

Com a RFID, o inventário passou a ser feito em 50 minutos com uma única pessoa e alto índice de precisão, o que possibilitou a realização de contagens semanais. A entrada de mercadorias passou a ser feita na frente da loja em poucos minutos, com a NF integral. Todas as NFs que vão para a loja estão 100% corretas, já que a associação da RFID na retaguarda já identifica se houve algum item trocado e, se houver necessidade, já se faz a correção antes do envio para a loja. Soma-se a estas vantagens, a possibilidade de localizar um item usando o leitor RFID em poucos minutos dentro da loja, encontrando a referência e modelo exatos que o cliente deseja.

Para conseguir a leitura RFID perfeita, a Haco realizou um site survey no cliente para identificar o inlay que melhor se adequasse às necessidades da empresa, devido ao grande volume de peças e proximidade uma da outra nos expositores. A solução encontrada foi a de uma tag reutilizável, fixada ao sistema anti-furto magnético que o cliente já utilizava.

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Imagens do site do Grupo Cristina

O middleware, cujo desenvolvimento foi feito pela Votu RFID, foi empregado para monitorar toda Nota Fiscal (NF) emitida para o CNPJ da loja, para previamente fazer a associação “De/Para” das referências de SKU (Stock Keeping Unit), com código EPC, da GS1. O software também atende a operação de comissionar as tags RFID, fazendo a leitura de cada SKU recebido na NF, com a gravação da tag e conferência de gravação (scan/write/scan).

O sistema RFID também permite fazer a conferência de cada NF, após a leitura completa dos produtos, e liberar a integração para entrada no sistema de gestão empresarial Linx ERP, com bando de dados em cloud; além de fazer o inventário da loja e gerar relatório sinalizando tags encontradas sem associação, itens que estão positivo no sistema e não foram encontrados, e itens que foram encontrados e estão zerados ou negativos no sistema. Outra funcionalidade do sistema RFID utilizado no Grupo Cristina permite conferir a NF no balcão de loja para entrada de mercadorias que já foram previamente conferidas, associadas e com tags RFID já aplicadas no Centro de Distribuição.

Neste projeto, a Haco RFID foi a empresa que assumiu a frente do projeto, mapeando o processo, desenhando como iria funcionar a solução, acionando os parceiros de desenvolvimento, desenvolvendo a tag especial para o Grupo Cristina e coordenando cada passo, inclusive a aplicação das tags nas peças. O relacionamento de muitos anos entre as empresas Haco e Grupo Cristina foi fundamental para a implantação.

Segundo informou o Grupo Cristina, a mudança de processos para RFID, assim como toda novidade, gerou adaptações. Porém, o projeto foi mapeado para o mínimo impacto possível na forma que a loja já atuava. Assim, a implantação tornou-se muito fluída e não necessitou de capacitação técnica ou grandes impactos. O trabalho de frente de loja foi facilitado, inclusive. Hoje, o processo está melhor do que o formato anterior e foi feito de forma tão aderente que as rotinas de loja foram minimamente impactadas e, no que foram, tornaram-se um caminho mais prático e fácil.

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