30% dos armazéns da América Latina já usam robôs

Pesquisa da Zebra analisa os desafios do setor de armazéns para varejo e e-commerce na região, o papel da tecnologia em sua modernização e as tendências e impactos

IoP Journal

Estudo da Zebra Technologies indica que 27% dos operadores de armazéns da América Latina já implantaram algum tipo de robô. Ainda segundo o “Warehousing Vision Study” a adoção de robôs móveis autónomos (AMR) deve subir para 92% nos próximos cinco anos. A pesquisa analisa o atual cenário dos armazéns, os investimentos que estão sendo feitos no setor e ainda adianta futuras tendências para a área. 

Os funcionários que já trabalham com AMRs hoje dizem que essas tecnologias os ajudaram a melhorar sua produtividade, reduzir o tempo de viagem (83%) e os erros (73%) e permitir que executem novas funções ou oportunidades (65%).

Contudo, os robôs são apenas a ponta do iceberg. De acordo com a pesquisa, 93% dos tomadores de decisão da região dizem ter implementado soluções móveis para que os funcionários da linha de frente possam registrar todos os movimentos de estoque realizados. “O e-commerce na América Latina, especialmente o do Brasil, explodiu nos últimos anos. Como os armazéns precisam acompanhar a demanda, a tecnologia se consolida como a principal ferramenta para que eles enfrentem o desafio de cada vez mais entregas, mais rápidas”, explica o gerente da Zebra Brasil, Levi Lima.

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O setor está focado em investir em soluções como dispositivos e impressoras móveis, tablets e softwares de dimensionamento móvel, que devem ser ainda mais utilizados nos próximos anos. O estudo ainda aponta que 96% dos operadores de armazéns na América Latina devem investir em soluções de software que ajudem a automatizar a análise e a tomada de decisões. “A pandemia levou esses negócios a se digitalizarem mais rapidamente e evoluírem, atingindo total visibilidade das operações, aumentando a eficiência dos trabalhadores e reduzindo custos”, diz Lima.

A pesquisa também indica que a tecnologia tem contribuído para que os armazéns ofereçam melhores condições de trabalho para quem está no operacional. Na América Latina, 95% dos funcionários do setor concordam que os avanços tecnológicos tornarão o ambiente de trabalho melhor, mesmo que a demanda esteja maior do que nunca.

Para 89% das pessoas na linha de frente em depósitos na América Latina, caminhar menos quilômetros por dia tornaria seu trabalho mais agradável, mesmo que tivessem que pegar ou manusear mais itens, e mais de 80% acreditam fortemente que os AMRs poderiam tornar as tarefas de armazém menos estressantes. Além disso, mais de 80% dizem que são mais propensos a trabalhar para uma empresa que lhes fornece dispositivos tecnológicos que os ajudam a realizar seus afazeres.

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Levi Lima

As empresas já estão olhando para o futuro. O estudo da Zebra indica que os armazéns devem ficar maiores e mais numerosos. Até 2025, oito em cada 10 operadores de armazém esperam aumentar o número de unidades de armazenamento (SKUs) que comportam e expandir o volume de itens enviados.

Além disso, globalmente, 87% dos operadores de armazéns concordam que devem implementar novas tecnologias para serem mais competitivos. E o número cresce na América Latina, chegando a 91%. Mais de 50% dos gerentes de armazém na América Latina dizem que vão investir em tecnologias que melhorem a visibilidade de seus estoques e ativos em seus armazéns e cadeias de suprimentos nos próximos cinco anos. A cada dez entrevistados, nove esperam que o uso de tecnologias como Identificação por Radiofrequência (RFID), visão computacional, scanners industriais fixos e sistemas de visão artificial, sejam mais usados nos próximos cinco anos.

“Durante os últimos anos, vimos a cadeia de suprimentos enfrentando diversos desafios e, agora, diante de uma nova normalidade, vemos como esses percalços estão produzindo mudanças positivas tanto para os armazéns quanto para as pessoas que trabalham ali dentro”, explica Lima. “À medida que as empresas investem em tecnologias avançadas que permitem maior visibilidade, orientação em tempo real e desempenho guiado por dados, a produtividade e o bem-estar dos trabalhadores estão melhorando”.

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