Franco Motta
A Tubonal, indústria de tubos de aço para os setores de construção civil, automobilístico e distribuição em geral, com sede em Belo Horizonte (MG), tornou-se pioneira na produção de tubos de aço com costura e, em seus mais de 50 anos de atuação, é reconhecida no mercado pela sua expertise na produção de materiais de diversos formatos e aplicações especiais. Com perfil inovador, a companhia investiu na tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID) da iTAG Etiquetas Inteligentes, para obter total rastreabilidade de materiais em estoque, precisão no controle de produtos armazenados e agilidade nos inventários.
De acordo com Victor Abreu, executivo de planejamento e controle da Tubonal, o estoque da companhia sempre apresentou grandes desafios, pelo fato de os produtos não permitirem uma alocação padronizada nos armazéns. “Os materiais produzidos e as quantidades são muito variáveis, não permitindo que seja destinado um local específico para a estocagem de cada material”, diz Abreu. “Com isso, a formação de cargas e expedição dos materiais era prejudicada [antes da RFID], além de haver vários furos no estoque”.
Após a implantação do sistema da iTAG, a leitura passou a ser feita com dois coletores RFID da marca Bluebird que ficam com os operadores, na montagem de cargas, onde se realiza a leitura de cada item que sai do estoque. “Não tivemos muitas dificuldades para implementar o projeto”, comemora Abreu. “A única dificuldade que estamos tendo no momento é que estamos expandindo o controle via RFID para outros materiais, onde o nível de instrução dos operadores da área é um pouco mais baixo [o que exige um treinamento especial]”.
Com o sucesso da implantação, Abreu prevê ampliar o investimento na tecnologia. “Estamos expandindo o controle de RFID para as matérias-primas. No momento só controlamos os produtos acabados”, explica. Apesar da visão estratégica oferecida pela solução, o sistema RFID não foi integrado ao ERP da empresa. Assim, o banco de dados está hospedado localmente, no site da empresa.
De modo resumido, o processo com RFID funciona da seguinte maneira, segundo Abreu. “Cada fardo de material produzido é identificado com uma etiqueta RFID e automaticamente entra no nosso estoque e no sistema. O material só sai do estoque quando o responsável pela montagem das cargas e expedição dá baixa nos itens. Para realizar a busca de materiais perdidos no estoque, utilizamos o rastreador das etiquetas. Os inventários utilizam os coletores no lugar dos antigos preenchimentos a mão”.
Para Abreu, a implantação de RFID atendeu às expectativas da companhia. “O ganho mensurável até o momento é na agilidade do inventário geral do estoque. O que antes demorava por volta de um dia inteiro de trabalho, em um turno de nove horas, hoje conseguimos fazer em aproximadamente 40 minutos”. E elogiou a iTAG: “estamos satisfeitos com o suporte que a empresa fornecedora nos presta. Estão sempre disponíveis quando precisamos. Até o momento, não tivemos problemas”.
Implantar RFID foi uma experiência positiva na empresa, segundo Abreu. “O maior desafio é o fato de adotar uma tecnologia diferente do usual no nosso processo tradicional, mas nossos funcionários receberam bem a novidade”.