Padrão GS1 agiliza processos em marketplaces

A organização internacional oferece padrões em mais de 150 países, levando a solução de serialização de produtos para dar mais agilidade ao varejo em geral, inclusive online

Edson Perin

A GS1 está acompanhando o crescimento dos marketplaces como solução de varejo no mundo e, também, no Brasil. A organização internacional atua em mais de 150 países, levando padrões de serialização de produtos globalmente. O objetivo é garantir mais agilidade ao varejo em geral, inclusive online. O crescimento dos marketplaces, espécies de shoppings online, faz parte de uma evolução dos negócios do varejo, especialmente no mundo online, o que se intensificou com a pandemia.

A serialização padronizada tornou-se uma necessidade crescente com a expansão dos marketplaces, de acordo com Marcelo Sá, executivo da GS1 Brasil. “Os marketplaces estão no mercado brasileiro há algum tempo. Algumas associações afirmam que a compra pela internet existe há mais de 20 anos no país. O conceito está crescendo nos últimos anos, e é como um shopping center virtual. Uma empresa detém a plataforma que controla o marketplace e outras vendem por meio desta plataforma”.

Clique aqui e assista à entrevista na íntegra.

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Clique aqui e assista à entrevista de Marcelo Sá, da GS1 Brasil, na íntegra

Na visão do executivo da GS1, o modelo de marketplaces está trazendo muitos benefícios no mundo todo, crescendo a dois dígitos há mais de uma década no Brasil e no mundo. “[O modelo de marketplace] tem modificado a forma como as pessoas fazem compras, mas sem substituir a loja física, que tem outros benefícios, complementares ao marketplace. E atende o consumidor que busca facilidade e tranquilidade, que já está adaptado ao modelo de compra dos mundos físico e do virtual”.

Para Sá, os marketplaces representam uma evolução do varejo. “Muitas lojas estão evoluindo para o online, sem deixar o modelo tradicional, porque entendem que há perfis de consumidores para cada modelo de loja”.

“Em termos de evolução dos marketplaces, não podemos computar na conta da pandemia o crescimento todo, que já era de mais de dois dígitos antes disto”, explica Sá. “A pandemia acelerou a entrada de novos compradores, clientes, para dentro dos marketplaces. O começo da pandemia, inclusive, quando as pessoas ficaram em suas casas em lockdown, trouxe um consumidor novo para dentro dos marketplaces. E, depois de perderem o medo do mundo online, os consumidores estão cada vez mais comprando pela internet. É um processo atual de evolução do varejo”.

Sá diz que “muitas vezes, numa loja física, compro produtos que posso levar comigo no mesmo momento da aquisição, mas para atender essa necessidade, esse tipo de experiência no mundo online, as empresas de marketplaces precisam se organizar melhor, para entregar os produtos; é isto o que está acontecendo agora, com alguns marketplaces criando seus próprios Centros de Distribuição”.

A padronização dos códigos dos produtos entra nesta evolução, com um papel bastante importante. “É natural que quando as empresas crescem precisem se organizar melhor, especialmente controlar melhor os seus estoques. Hoje, quando você compra pela internet, está clicando numa imagem e escolhendo uma quantidade dos produtos que viu naquela imagem. Por detrás disto, existem outros processos de negócios da empresa para garantir que este produto chegue à sua casa. E para isto é fundamental a padronização”.

“Com a GS1”, diz Sá, “o que chamamos de GTIN, ou seja, o identificador único do produto, irá fazer com que aquela foto seja relacionada ao produto que foi comprado. Neste sentido, a GS1 está trabalhando com os marketplaces para que os produtos sejam identificados e entregues corretamente para o consumidor”. O GTIN pode ser colocado em um código de barras convencional ou em um 2D – QR Code ou Datamatrix. “Assim, a GS1 tem orientado o varejo e os marketplaces a utilizar o código correto para cada etapa das operações de negócios”.

Dentro e fora do Brasil, a GS1 está atuando para levar a melhor solução para os marketplaces, segundo Sá. “Internamente, no Brasil, o associado da GS1 também recebe informações para ganhar mais agilidade, maior do que o modelo tradicional. É um movimento global e, também, nacional”.

Imagem: arte em foto de Antoni Shkraba

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