IoP Journal lança pesquisa sobre DPP

O Digital Product Passport está revelando um mercado repleto de empresas carentes de novas tecnologias para dar sustentação aos novos avanços e às exigências de compliance

Edson Perin

Desde que o Digital Product Passport (DPP) começou a ser anunciado abertamente em eventos da União Europeia (UE) – saiba mais em AIPIA Congress revela impactos do novo Digital Product Passport –, venho dizendo que esta transformação na maneira como os produtos serão comercializados nos países do bloco impactará o comércio no mundo todo. Além disso, as metas de Economia Circular estabelecidas pelos europeus certamente atingirão todos os países do mundo, em um efeito cascata.

No entanto, a maior parte das empresas e seus executivos se comporta de modo completamente alheio ao que está acontecendo. No Brasil, por exemplo, em meio a escândalos políticos, tragédias de toda ordem e incertezas na condução da política econômica, o DPP e seus desafios – e, também, oportunidades – parecem estar ficando de fora do alcance visual dos estrategistas de negócios, como se fossem navegadores dentro de um lago de curto alcance e não em um oceano de longas jornadas.

Edson Perin, editor
Edson Perin

Diante disto, o IoP Journal resolveu mensurar o conhecimento sobre DPP no mercado e buscar a visão de algumas empresas mais bem informadas em relação a investimentos estratégicos nas tecnologias que poderão tornar o passaporte de produtos uma realidade. Criamos um questionário de pesquisa (clique aqui para responder), intitulado, em inglês, O Digital Product Passport (DPP), da União Europeia, transformará os seus negócios? Dez questões breves.

São dez questões bem rápidas, cujas respostas nos ajudarão tanto a desenvolver melhores conteúdos para você entender DPP e criar oportunidades de negócios para a sua empresa, como para orientar os provedores de tecnologias de Smart Supply Chain e Smart Packaging, como identificação por radiofrequência (RFID), QR Codes, Códigos de Barras, Digital Printing entre outras, a saberem se adequar à nova realidade de seus clientes e prospects, fazendo mais negócios.

Como escrevi há poucos meses, os mundos de Smart Supply Chain e Smart Packaging (embalagens inteligentes) não serão mais os mesmos depois do Digital Product Passport, cuja sigla DPP está e estará presente em todas as conversas sobre daqui em diante. Como todo desafio de negócios do Século XXI, o DPP está revelando um mercado de empresas carentes de novas tecnologias para dar sustentação aos novos avanços e às exigências de compliance.

O conceito de DPP reforça Smart Packaging como um conjunto de ferramentas que integram as soluções tecnológicas globais de rastreamento, autenticidade, sustentabilidade e experiência do cliente, o que permite a entrega da tão esperada – e agora exigida – Economia Circular, até 2050. “Exigida” porque a União Europeia estabeleceu um calendário para adequação de produtos às novas regras do DPP e uma data limite para se atingir o status obrigatório de “circular” pelas linhas de produção.

As atenções e preocupações crescentes com a degradação do meio ambiente, que impõem a redução dos descartes de materiais e o seu reaproveitamento pelas linhas de processamento e produção, estão se voltando para o mundo de tecnologias de Smart Packaging.

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IoP Journal lança pesquisa sobre DPP

A verdadeira mudança do DPP está acontecendo por meio de legislação e alavancando transformações verdes e digitais, na Europa e – por conseguinte – no mundo. O regulamento da União Europeia se refere ao DPP como um conjunto de dados específicos de um produto que inclui a especificada no ato delegado e que deve estar acessível por via eletrônica através de um suporte de dados, o que se assemelha a tudo o que propõe o conceito básico de Smart Packaging.

Assim, o passaporte digital do produto (DPP) deve garantir que os atores ao longo da cadeia de valor, incluindo consumidores, operadores econômicos e autoridades nacionais competentes, possam acessar informações sobre os produtos. E, ainda, melhorar a rastreabilidade ao longo da cadeia de valor; facilitar a verificação da conformidade pelas autoridades nacionais competentes; e incluir os atributos de dados necessários para permitir o rastreamento de todas as “substâncias preocupantes” ao longo do ciclo de vida dos produtos abrangidos.

Isto mostra os impactos deste regulamento e abre a nossa imaginação para as oportunidades de negócios deste novo nível de amadurecimento tecnológico de nossas empresas e produtos.

Você está preparado? Clique aqui e responda-nos.

Edson Perin é fundador e editor do IoP Journal e da Netpress Books

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