Nest Logística atualiza tecnologia para atender clientes

Empresa de Santa Catarina investe em RFID para atender clientes interessados em automatizar a distribuição de suas mercadorias, com eficiência e segurança

Edson Perin

A Nest Armazém e Logística afirma que os processos ganharam velocidade com a implantação da tecnologia de identificação por radiofrequência (RFID), realizada pela iTAG Etiquetas Inteligentes. Osni Tavares, diretor de operações da Nest, diz que nos clientes que utilizam RFID é evidente o aumento da agilidade e confiabilidade. “Na Nest, 5% dos clientes utilizam a tecnologia de forma efetiva, mas entendemos que a médio e longo prazos o número de potenciais clientes que estarão buscando operadores estruturados para a leitura das etiquetas inteligentes aumentar. E nós estamos aptos”.

Os leitores estão instalados em docas de recebimento no armazém da Nest e expedição; também há coletores de dados móveis para leitura RFID. “Há dois leitores e dois coletores de dados, leitores da marca Impinj e coletores da marca Zebra”, afirma. As tags, atualmente, já vem instaladas nos produtos. “A Nest possui em torno de 5.000 etiquetas excedentes que não são reaproveitadas, para utilizar em itens que necessitam ser reetiquetados. As tags são fornecidas pela Itag Tecnologia, fabricadas pela CCRR, o inlay é o Monza R6 da Impinj”.

Tavares concedeu uma entrevista exclusiva ao IoP Journal sobre o projeto RFID em sua empresa. Assista:


O novo sistema oferece à Nest rastreabilidade dos itens incluindo pós venda, acuracidade do estoque de 99% e agilidade nos processos. “Com a RFID a conferencia de 500 unidades leva cerca de 15 segundos, sendo que a mesma tarefa feita por código de barras pode levar mais de um dia. Outro ponto importante é a confiabilidade: com a etiqueta de RFID é possível a leitura da unidade sem abrir a caixa master”.

De acordo com Tavares, o maior desafio do projeto foi a integração entre RFID e o sistema de gestão do armazém (WMS – warehouse management system), que exigiu o desenvolvimento de interfaces para integração das etapas operacionais, sem deixar ocorrer quebras no processo. “A RFID foi uma decisão da diretoria por entender ser uma tecnologia que deve crescer, alinhada à necessidade de estarmos preparados para atender potenciais clientes e novas demandas”.    


A implantação de RFID da Nest segue o padrão passivo EPC UHF, da GS1. “Os benefícios disso são a velocidade de resposta dos processos, rastreabilidade, tempo otimizado na operação, segurança operacional e agilidade nas informações”, explica Tavares.

Há um trabalho de incentivo para estimular outros clientes a adotar RFID, segundo o executivo da Nest. “Apresentamos os benefícios aos nossos clientes para que utilizem a etiqueta, além disso estamos atuando na prospecção de novos clientes que operem com a tecnologia. O objetivo é triplicar o volume de operações com RFID na Nest até o final de 2021. Estamos no início do projeto e ainda há muito a aprender, desenvolver e fazer”, diz Tavares.

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De modo resumido, a RFID funciona na Nest da seguinte maneira. Primeiro, o importador envia o documento com os dados das etiquetas e o sistema da Nest é alimentado com estas informações. Em seguida, as mercadorias são recebidas e realiza-se a conferência (leitura das etiquetas) via portal, e a integração dos dados com o WMS. O operador realiza a alocação do material na área de armazenagem-WMS e, após o material estar alocado, fica disponível para ser inventariado via RFID. Na saída é realizado todo o processo de expedição com sistema WMS. Após conferencia os produtos passam novamente pela conferencia RFID, doble check, atestando a acuracidade dos itens conferidos.

Os ganhos já atingidos com RFID foram agilidade, confiabilidade e rastreabilidade. “Sim, nossas expectativas foram atingidas”, atesta o executivo. As tarefas são divididas entre os módulos de consulta de produtos e EPC (Electronic Product Code), inventário, movimentação de produtos (entrada e saída) e configurações. “A iTAG foi um grande facilitador dentro de nosso projeto RFID, fundamental sua participação com o conhecimento técnico e prático da tecnologia”, afirma Tavares. “Por meio de pesquisas sobre a tecnologia, recebemos a indicação de Sérgio Gambim, CEO da iTAG, uma referência no mercado”.  


Quanto à experiência de implantar RFID, Tavares diz que foi positiva e gratificante. “Por se tratar de uma tecnologia ainda pouco utilizada no Brasil, há dificuldade em localizar fornecedores de equipamento e conhecimento especializado do mercado quanto ao seu funcionamento. A parceria com a iTAG foi e continua sendo o diferencial para implantação e operacionalização”.

Atualmente, a integração da RFID com os sistemas da Nest se dá com a ferramenta iTAG Alerti 2.0 que é responsável pela operação dos portais juntamente com o middleware iTAG Monitor, responsável pela administração das leituras RFID nos portais da Doca. O iTAG Alerti 2.0 faz o tratamento do que foi lido e envia para o WMS a contagem de movimentação de entrada.

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