Transição de Códigos de Barras para 2D oferece benefícios

A adoção de QR Codes e Datamatrix no lugar dos Códigos Barras unidimensionais exige apenas a impressão de instruções dinâmicas, variáveis, segundo Luiz Costa, executivo da GS1 Brasil

Edson Perin

Fazer a transição dos Códigos de Barras convencionais, ou unidimensionais, para os QR Codes ou Datamatrix, chamados também de Códigos 2D, traz benefícios importantes para as empresas, cadeias de suprimentos e consumidores, já que podem ser inseridos dados sobre rastreamento, prazos de validade, origem de matérias-primas, sustentabilidade e muito mais. A transparência das informações permite realizar operações como a localização de produtos fora das conformidades técnicas pré-definidas e tomar as providências cabíveis, até estimular a tomada de decisão dos consumidores no momento da compra, com campanhas de marketing direcionadas.

Luiz Costa, executivo da área de Educação da GS1 Brasil, deu a dimensão dos Códigos 2D, em uma entrevista exclusiva ao IoP Journal TV (clique aqui e assista na íntegra). “Os Códigos 2D ou bidimensionais surgiram por volta de 1993, 1994, e conseguem num espaço físico menor em uma embalagem agregar mais dados interoperáveis. A GS1, como entidade mundial responsável pela identificação de produtos, faz com que esses códigos sejam mundialmente aceitos”. Costa acrescenta que, por este motivo, os códigos gerados pela GS1 no Brasil são válidos no mundo todo. “Por incrível que pareça, nenhum outro produto terá o mesmo código gerado para este item no mundo todo”, completa.

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Transição 2D: dos Códigos de Barras convencionais para os QR Codes e Datamatrix. Clique e assista à entrevista

Costa falou sobre o que as empresas devem fazer para realizar a chamada Transição 2D, saindo dos Códigos de Barras unidimensionais, as instruções que vemos hoje nas embalagens dos produtos e que são lidas, por exemplo, nos caixas dos supermercados por leitores a laser, e entrando na era dos Códigos Bidimensionais, como os QR Codes ou Datamatrix. “Precisa de uma pequena adequação quanto à impressão dos códigos, que deixam de ser estáticos para serem dinâmicos”, orienta Costa. “Conforme mudamos o lote e a data de fabricação de um produto, o código também muda. Por isso, essas URLs [endereços na internet] de produtos precisam ser muito bem implantadas junto com os processos de impressão ou vinculadas às empresas de embalagens ou até mesmo nas próprias empresas”.

A impressão in loco pelas próprias empresas, em seus locais de fabricação, pode ser exemplificada pela indústria Farmacêutica, que normalmente realiza a impressão de suas embalagens no próprio laboratório de onde saem os seus produtos para venda nas farmácias, por exemplo. “Empresas de menor porte mandam para empresas de embalagens fazerem a impressão dos códigos. Então, vai haver uma certa adequação sim para quem quer trabalhar com dados variáveis”, diz Costa.

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No caso da identificação por radiofrequência (RFID), que, segundo Costa, já é uma tecnologia consolidada, que deixou de ser emergente, os mesmos dados podem ser agregados aos Códigos 2D. “A diferença da RFID é não ter necessidade de um contato visual. Pode-se fazer então a validação de até 2.000 itens dentro de um pallet sem contato visual, somente com um leitor de RFID, por meio da serialização do Código de Barras. Hoje tem vários casos de sucesso, inclusive com tags de RFID servindo para lacrar produtos, como vinhos, que quando abertos rompem a tag de RFID que passa a não ser mais lida”.

Clique aqui e assista à entrevista na íntegra.

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