Solução habilita retorno seguro ao trabalho pós-Covid-19

Empresa de tecnologia desenvolve sensor que alerta sobre distância segura entre trabalhadores para evitar o contágio pelo novo Coronavírus

Edson Perin

Uma pulseira equipada com sensor de identificação por radiofrequência (RFID) emite avisos sonoros e luminosos por led caso duas pessoas se aproximem além das recomendações de distância consideradas seguras para evitar o contágio pelo novo coronavírus. O dispositivo Smart Proximity, da Engineering, foi projetado para habilitar o retorno seguro ao trabalho após a quarentena.

Filippo Di Cesare, CEO da Engineering para Brasil e Argentina, diz que esta é uma medida efetiva de segurança para o Novo Normal no ambiente de trabalho. Baseada num sensor, que pode ser implantado em uma pulseira ou outro suporte, a solução é capaz de detectar um ou mais sensores nas proximidades. Quando dois dispositivos estão visíveis, eles alertam os usuários, de maneira autônoma e em tempo real, sobre a violação da distância de segurança, que é configurada de acordo com os parâmetros variáveis.

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As informações coletadas pelo dispositivo são enviadas, por meio de uma rede Wi-Fi ou Bluetooth, para um sistema de armazenamento interno, que pode ser acessado para analisar todos os eventos registrados pelos sensores. No caso de um funcionário testar positivo para Covid-19, a companhia pode obter imediatamente a lista de todos os dispositivos que cruzaram com o sensor utilizado pelo colaborador afetado e o tempo de interação entre eles.

De posse dessas informações, a empresa detém uma ferramenta de tomada de decisão para colocar funcionários em isolamento de segurança. “É uma maneira de realizar a quarentena seletiva para garantir a segurança dos funcionários, permitindo que a produção da empresa não seja interrompida”, explica Di Cesare, acrescentando que os dados coletados podem ser trocados com os sistemas de monitoramento públicos.

Em conformidade com a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados), nenhuma informação confidencial é mantida pela plataforma. Isso quer dizer que o sistema registra apenas os identificadores exclusivos do sensor e as relações temporais entre eles, sem qualquer associação com os dados do usuário. Os identificadores exclusivos no sensor inteligente são criptografados e as informações trafegam em um canal seguro. Além disso, o usuário precisa consentir a distribuição de informações do sensor para sistemas externos à plataforma.

“Até que haja um método de cura, teremos que conviver com o vírus por um tempo, por isso é necessário conjugar a retomada das atividades econômicas com as necessidades de saúde das pessoas nos ambientes de trabalho. Por meio deste dispositivo, materializamos essa nova forma de voltar às atividades com segurança, permitindo a retomada da economia de forma gradual”, finaliza Di Cesare.

A Smart Proximity é parametrizável a outros cenários de segurança do trabalho, podendo ser configurada em plantas industriais ou atividades de risco, evitando, desta forma, que os colaboradores sejam expostos a ambientes perigosos.

Com base na mesma tecnologia, a plataforma Safety Virtual Fence cria áreas de restrição de acesso de acordo com os critérios indicados pelo cliente, caso algum colaborador se aproxime de uma área de risco, por exemplo, excedendo a distância segura de um determinado local. Por exemplo, em áreas onde existam equipamentos móveis, robôs autônomos, trânsito de empilhadeiras, cargas suspensas etc. Em siderúrgicas, quando as panelas dos fornos são descarregadas, não é permitida presença de pessoas devido ao alto risco à vida.

Na mesma linha, a aplicação Men Down monitora os comportamentos e cria gráficos relacionais com foco em entender se algum colaborador está tendo um comportamento que indique que tenha sofrido algum problema. Comportamentos suspeitos dependem muito de cada ambiente analisado, mas o maior indicativo seria uma mudança drástica repentina no comportamento.

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