Sistema brasileiro rastreia mercadorias em estoque

T-Systems e Valid desenvolvem solução conjunta para identificar produtos armazenados e otimizar as operações dos Centros de Distribuição

Edson Perin

A T-Systems Brasil, empresa alemã de soluções e serviços de Tecnologia da Informação (TI), e a Valid, multinacional brasileira de soluções para identificação e rastreabilidade, uniram suas experiências para desenvolver uma solução conjunta de WMS (Warehouse Management System). O sistema automatiza processos de transporte dentro de um Centro de Distribuição (CD), com maior controle no armazenamento, agilidade nos processos, otimização do espaço e redução de risco de perda de mercadoria armazenada.

O sistema nasceu para atender o agronegócio, no controle do armazenamento de big-bags de café. Recentemente, avançou para o armazenamento de sementes de soja e milho, também em big-bags. Agora, o sistema passou a ser utilizado pelos setores automobilístico, cerâmico, frigorífico, entre outros.

T-Systems e Valid desenvolvem solução conjunta para identificar produtos armazenados e otimizar as operações dos Centros de Distribuição
Tags RFID comercializadas pela Valid

As implantações com identificação por radiofrequência (RFID), para controle individualizado de embalagens, seguem o padrão passivo EPC UHF, da GS1. Neste caso, os leitores e as antenas são instalados nas empilhadeiras, embora haja projetos para instalação de leitores em portões de acesso fixos e em pontes rolantes móveis. As tags RFID são fabricadas pela Valid, em Sorocaba (SP).

A arquitetura modular e integrada do sistema permite que os módulos complementares se integrem a qualquer ERP (solução de gestão empresarial) ou sistema legado. Os equipamentos utilizados, como leitores RFID, por exemplo, são marcas consolidadas no mercado, o que reduz custos de suporte e facilita a aquisição e manutenção.

Uma das vantagens do sistema está na robustez para operar sem interrupções, com equipamentos de padrão industrial e uma arquitetura robusta, que mantém a operação mesmo com falhas na rede local ou de link com a matriz ou internet, permitindo a sincronização sem perda de dados das empilhadeiras.

A otimização da operação de recebimento e expedição de mercadorias do armazém tamém tem sido apontada como um dos ganhos da plataforma, que, por meio de um mapa virtual dos armazéns, oferece localização em tempo real de qualquer mercadoria armazenada.

O banco de dados pode ser local ou em cloud computing. A escolha é determinada pela criticidade da operação em relação à infraestrutura disponível para comunicação de dados. Em armazéns com operação crítica e link de dados deficiente, por exemplo, o recomendado é um servidor local.

Adriano Franki, VP Digital & Novos Negócios da Valid, explica que o WMS tem módulos de Recebimento de Mercadorias; Armazenamento e Movimentação Interna; Picking e Linha de Produção. “No módulo de Recebimento de Mercadorias, o WMS define o local da armazenagem e cabe ao operador do armazém conciliar a etiqueta ao pallet com as informações de armazenamento”, explica.

O uso de tablets, antenas e leitores RFID instalados nas empilhadeiras permitirá aos operadores receberem as informações pela simples aproximação e assim checar o local de armazenamento definido pelo WMS no mapa digital. Já no módulo de Armazenamento e Movimentação Interna, o WMS vai definir o local de armazenamento de cada item, o que será validado pela empilhadeira.

“Cada posição é identificada por uma TAG de piso e a solução garante a rastreabilidade dos itens mesmo em movimentações internas”, diz Franki. Por fim, o módulo de Picking e Linha de Produção permite que a ordem de picking seja recebida da linha de produção e colocada na fila dos operadores de empilhadeira. “O trabalho é atribuído e o local do picking é apresentado no tablet ao operador que, após movimentar a pallet ao local indicado, comunica a liberação do espaço ao WMS que passa a considerá-lo como opção de armazenamento de novas mercadorias”.

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