Edson Perin
O goiano Grupo MPL, indústria brasileira de confecções de moda masculina, malhas, jeans e do chamado “tecido plano” (com materiais como tricoline, sarja etc.), implantou com sucesso um sistema de identificação por radiofrequência (RFID) para controlar 100% de suas mercadorias. Responsável pela produção das marcas M.Pollo e Paco, a companhia está sediada na cidade de Aparecida de Goiânia (GO). Além da fábrica, o grupo tem três lojas próprias na região metropolitana da capital Goiânia.
De acordo com Marcus Antonio Bezerra, head de estratégia e inovação do Grupo MPL, com a RFID a acuracidade de estoque passou a ter mais de 99% de confiabilidade. “Além disso, podemos fazer inventários com mais frequência, garantindo maior controle das mercadorias, porque as contagens podem ser feitas em menos tempo e com menos gente, e de um modo muito mais ágil do que com códigos de barras”, afirma. A produção do Grupo MPL é vendida em todo território nacional, principalmente nos mercados do Sudeste e Nordeste, em mais de cinco mil lojas.
“Anualmente, lançamos 36 mil novos SKUs [Stock Keeping Units], ou seja, 36 mil tipos de peças de diferentes cores e tamanhos, que totalizam nossas coleções”, explica Bezerra. “Em 2019, faturamos 2 milhões de peças, para todo o Brasil, fizemos toda a conferência usando
portais RFID”, aponta. “Aumentamos, bastante, a produtividade dos colaboradores da logística, reduzimos, muito, as horas extras no setor, proporcionando assim maior dignidade ao nosso maior patrimônio, nossa gente”.
Com o sistema da iTag Etiquetas Inteligentes e leitores BlueBird, implantados no Grupo MPL, Bezerra diz que “melhoramos nossa performance de entrega, abastecemos toda a cadeia varejista no prazo combinado. A visibilidade dos estoques e de toda a logística ganhou um patamar bem mais elevado de acerto e eficiência, permitindo controlar o volume produzido, as mercadorias em estoque e o atendimento dos clientes com total precisão, com uma frequência bem maior do que havia antes de se adotar o sistema RFID”.
Antes da RFID, o Grupo MPL fazia todo o controle de estoques com códigos de barras, o que demandava mais tempo nas operações e, por ser um processo manual, implicava em erros. De acordo com estudo do RFID Lab, da Universidade de Auburn, nos Estados Unidos, as contagens com códigos de barras atingem uma média de 86% de acerto, enquanto que com RFID uma mesma operação apresenta acerto superior a 99,99%.
Em entrevista ao jornalista Edson Perin, editor do IoP Journal, Marcus Antonio Bezerra, head de estratégia e inovação do Grupo MPL, explica de que modo a RFID aprimorou os processos e a performance da companhia. Assista ao vídeo: