Embalagens inteligentes são o novo padrão

As companhias que não reconhecem a mudança para Smart Packaging podem estar fora dos negócios nos próximos 10 ou 15 anos

Edson Perin

A questão fundamental dos dias de hoje não reside em qual tecnologia está em uso, mas em qual resultado esta ou aquela tecnologia traz para os negócios. Desde que os custos das tags de identificação por radiofrequência (RFID) começaram a cair vertiginosamente e, por isso, tornaram o uso das etiquetas inteligentes em larga escala viável por diversas empresas, em diversos setores, cresceu também a visão de que o retorno sobre o investimento (ROI) se torna mais rápido e interessante com o uso ampliado dessas etiquetas e da infraestrutura de RFID.

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Edson Perin, editor

As embalagens inteligentes (do inglês, Smart Packaging) não estão como que caindo do céu agora, algo como criações de um grupo de gênios fechados numa sala ou num laboratório. Na realidade, o processo de evolução da tecnologia e dos negócios com tecnologia está fazendo evoluir também o jeito como olhamos para os invólucros de nossos produtos: as embalagens.

Se você tem custos para colocar em seus produtos tags de NFC (Near Field Communication ou comunicação de campo próximo), capazes de fazer cada unidade de mercadoria se comunicar com cada consumidor por meio de um smartphone, então, nada mais natural de que você queira tirar maior proveito da enorme inteligência dessa tag. Ou não?

Cada centavo investido em tecnologia para identificar e rastrear mercadorias pode servir, por exemplo, para combater o mercado cinza, pois facilita a autenticação de origem de um lote de produtos, de uma caixa ou de uma simples unidade. Imagine somar a isto o poder de encantar o consumidor final – ou seja, emocionar o comprador – com uma experiência exclusiva e criativa de uma marca de produto.

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O que antes era muito limitado às cores de uma embalagem, ao seu formato, ou à durabilidade aumentada do produto que armazena, passou a ganhar horizontes novos graças à chegada das tags. Porém, agora, após evoluções e revoluções, nem só as tags podem promover experiências inovadoras para o comprador.

Os sistemas de Impressão Digital de embalagens abriram uma nova frente de produção e criação de conteúdos e experiências exclusivas para os consumidores. As marcas e seus fabricantes podem estar perto de seus compradores como nunca, fidelizando-os e levando valor adicional para cada produto e para cada consumidor. Embalagens impressas com tecnologia digital podem ser ativadas por smartphones, por exemplo, para reproduzir vídeos, informar sobre descarte de embalagens vazias, atrair o comprador para outros produtos, criar experiências com realidade aumentada e muito mais.

Smart Packaging é um conceito de mercado crescente e que, segundo a Active & Inteligent Packaging Industry Association (AIPIA), pode levar diversas marcas a desaparecer em 10 ou 15 anos, caso não adotem as mudanças deste novo mundo dos negócios. Companhias como Coca-Cola e Abbott, por exemplo, estão atentas a este novo cenário, para se manterem na liderança de seus mercados. E mais: Coca-Cola e Abbott desafiam fornecedores de embalagens de alta tecnologia.

A Abbott, por exemplo, está procurando a solução one-click, conectando embalagens médicas a smartphones. E a Coca-Cola busca tudo sobre reciclagem e engajamento do consumidor, por soluções de embalagens inteligentes.

Ambas as empresas lançaram o desafio para o World Congress on Active & Intelligent Packaging, da AIPIA, a ser realizado nos dias 18 e 19 de novembro. Vale conferir. Eu estarei lá fazendo a cobertura deste evento para você.

Edson Perin é editor do IoP Journal Brasil e fundador da Netpress Editora.

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