Consultora em Food Safety revela avanços brasileiros em laticínios

Katherine de Matos, doutora em engenharia de alimentos, fala da importância da rastreabilidade como maneira de garantir origem e qualidade dos produtos que vão para a mesa do consumidor

Edson Perin

O aumento na demanda dos consumidores por informações sobre a origem dos alimentos e o crescente desafio de produtores para acompanhar toda a cadeia de suprimentos de seus produtos e insumos, está ampliando as discussões sobre a Segurança de Alimentos (Food Safety) em todos os níveis da sociedade. Diante deste cenário, Katherine de Matos, doutora em engenharia de alimentos e consultora de Food Safety da SIG Combibloc Brasil, tem participado de eventos para debater o tema e revelar os horizontes do que já está em uso no mercado.

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Katherine de Matos

Recentemente, Katherine compartilhou com o mercado de laticínios uma solução de rastreabilidade digital integrada de ponta a ponta, com QR Codes únicos que, segundo ela, “agregam valor tanto para a indústria quanto para o consumidor”. O caso de sucesso da Languiru, cooperativa gaúcha de produtores de leite (saiba mais em Cooperativa gaúcha melhora eficiência com QR Codes), foi apresentado como exemplo pela especialista na entrevista concedida com exclusividade para o IoP Journal (assista abaixo).

Com o intuito de favorecer a rastreabilidade da cadeia de alimentos no país, a SIG Combibloc tem anunciado a sua solução conhecida como PAC.TRUST, que envolve o uso de embalagens conectadas e promete 100% de rastreabilidade de toda a cadeia produtiva dos alimentos, utilizando uma classificação única para cada embalagem com tecnologias end-to-end. “O intuito é trazer mais segurança e confiabilidade aos produtos que vão para o consumidor”, explica Katherine.

A plataforma digital e de rastreabilidade da SIG funciona como serviço (Software as a Service ou SaaS), que abrange todas as etapas da cadeia, desde o fornecedor de insumos [no caso da Languiru, os produtores de leite] até o consumidor. Desse modo, sistemas e aplicativos ajudam a controlar e integrar a informação, minimizando o tempo de trabalho e os riscos de falha humana. Com os dados obtidos pelo rastreamento, torna-se possível criar dashboards e definir novos KPIs (Key Performance Indicator ou Indicadores-Chave de Desempenho).

A solução pode trabalhar localmente e/ou on-line. O servidor local funciona para compilação e tratamento inicial dos dados (também como medida de segurança para backups e funcionamento offline) e o servidor em nuvem permite um armazenamento seguro, acesso remoto e visualização em tempo real, sem necessidade de VPN (Virtual Private Network).

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Segurança de Alimentos

A SIG anunciou recentemente a implantação de uma solução de identificação por radiofrequência (RFID) da iTag Etiquetas Inteligentes, com o intuito de rastrear as grandes caixas que transportam as embalagens para a indústria de leite envasar os seus produtos. “Com a iniciativa ganhamos produtividade e a redução de uso de papel dentro do processo, além de agilidade em identificar uma embalagem por meio dos nossos sistemas digitais”, afirma Rômulo Andrade, gerente da área de serviços da SIG no Brasil, que trabalhou em conjunto com Carlos Rios, coordenador da plataforma digital da SIG (leia mais em SIG digitaliza processos, ganha produtividade e reduz uso de papel).

De modo resumido, o processo com RFID funciona da seguinte maneira: na fábrica de Campo Largo (PR), da SIG, as etiquetas são gravadas durante o funcionamento das linhas de produção, com informações sobre horário e data, número da linha, tipo de produto, ordem de produção e outros dados relevantes para rastreabilidade. O principal ganho já atingido com RFID, de acordo com Rios, foi a possibilidade de digitalizar uma parte do processo de rastreabilidade, garantindo que todas as etapas se conectam, além da maior agilidade e segurança, já que não é necessário usar papel no processo.

Sérgio Gambim, CEO da iTag, fala da satisfação de realizar uma implantação em uma empresa como a SIG e trazer para a prática os resultados positivos da identificação e rastreamento automáticos por RFID. “É um orgulho para nós desenvolver projetos como o da SIG e de clientes como este que conseguem benefícios das etiquetas de RFID, porque dependem de processos onde o rastreio tem suma importância”. E concluiu: “fomos convidados a desenhar o projeto de identificação e rastreio das embalagens másters da SIG, onde vão os itens menores”. De acordo com o CEO da iTag, agora a sua companhia espera a segunda evolução do projeto. “Para nós da iTag, todo produto merece uma tag de RFID”, afirmou Gambim.

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