Ceitec fará encapsulamento de 1 milhão de chips por mês

A estatal acaba de ser homologada por um cliente para o processo inédito, destinado a reduzir a dependência de fornecedores da China, no pós-pandemia de Covid-19

Edson Perin

A estatal brasileira de semicondutores Ceitec, empresa subordinada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), acaba de ser aprovada para realizar o encapsulamento de 1 milhão de chips por mês. A companhia foi homologada por um cliente para o processo inédito, destinado a reduzir a dependência de fornecedores da China, devido ao período pós-pandemia de Covid-19.

A informação foi confirmada por Paulo Luna, presidente da Ceitec, e Rodrigo Almeida, superintendente da estatal, em uma entrevista em vídeo para o IoP Journal [assista abaixo]. A Ceitec hoje detém de 30% a 40% do mercado de chip veicular no Brasil, ou seja, os semicondutores que equipam tags para pagamento automático de pedágios e também estacionamentos e outros serviços.

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Luna antecipou ainda um dos lançamentos da companhia para as próximas semanas: um chip para o mercado logístico 82% menor do que sua primeira versão, lançada em 2013. Outra área destacada por Luna foi a de pesquisa para a área de saúde, graças ao know-how da companhia no desenvolvimento de sensores e nanotecnologia, usados no desenvolvimento de kits de diagnóstico, que já estão na forma de protótipo funcional. Estes produtos devem entrar em fabricação nos próximos meses.

A Ceitec foi criada inicialmente focando no poder de compra do Estado, explica Luna, falando sobre o desenvolvimento de tecnologia que a empresa tem realizado no Brasil e das atuais discussões sobre a privatização da fábrica de chips nacional. “Existe uma curva de aprendizado. Você não se apropria de uma tecnologia e tem sucesso comercial tão rapidamente num setor como este [de semicondutores]. Esse desafio tem de ser entendido na curva de maturidade”, esclarece.

O principal executivo da Ceitec falou ainda sobre a importância do papel desempenhado pela empresa na identificação de cargas nos país, incluindo a contribuição para o setor logístico dos Correios, que está sendo o laboratório internacional da United Post Union (UPU) na automação do serviço de correspondências, para o desenvolvimento do rastreamento de pneus e calçados, incluindo iniciativas de Internet das Coisas (IoT) no setor elétrico.

Assista ao vídeo na íntegra:

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