Edson Perin
Pescaria, música sertaneja e um bom destilado de cana-de-açúcar – a brasileiríssima cachaça – fazem parte de um mesmo universo na região Centro-Oeste do Brasil. Agora, um ingrediente a mais acaba de ser incluído neste pacote: a tecnologia Near Field Communication (NFC), da Avery Dennison. A Cachaça Roma está usando as tags NFC Circus da Avery Dennison, integradas ao rótulo pela plataforma CCLiD da CCL, para aproximar os consumidores da marca e também garantir a autenticidade do produto, já que a tecnologia agrega valor no controle de toda a cadeia de suprimentos.
O engenheiro Rodrigo Pedroso, fundador da Cachaça Roma e entusiasta de tecnologia, foi o responsável pela inovação. A cachaça nasceu na fazenda Roma, na cidade de São Félix do Araguaia, no Estado do Mato Grosso (MT), e a propriedade foi batizada com as iniciais dos filhos do fundador: Rodrigo e Maria Eduarda. A fazenda, às margens do Rio Manso, um dos maiores afluentes do Rio Araguaia, fica numa região de pesca esportiva, o que motivou a família a explorar o lado turístico da região, além do agronegócio. Assim, nasceu um empreendimento hoteleiro: o Hotel Rancho do Matuto – Fazenda Roma.
Com o hotel, Pedroso e sua equipe consideraram importante criar um diferencial para a propriedade e, desta maneira, decidiram lançar a Cachaça Roma, uma bebida premium [cachaça é uma bebida destilada do caldo de cana-de-açúcar que surgiu originalmente no Brasil Colonial e que não tem similares no mundo]. Com isso, a Cachaça Roma tornou-se um símbolo de identidade do hotel fazenda. “A pesca está muito envolvida com um momento de descontração e felicidade, com a cachaça e, também, com a música sertaneja, que é muito forte na região. Por isso, dizemos que a Cachaça Roma está baseada numa pescaria de verdade e na boa música sertaneja”, explica Pedroso, esclarecendo que a sede da empresa é no Estado de Goiás.
Por meio da NFC, Pedroso explica que a ideia original foi a de trazer rastreabilidade, eliminando o risco de falsificação da bebida e oferecendo total segurança para o consumidor do produto. “A tecnologia ajuda ainda a entender melhor os hábitos de consumo dos nossos clientes. Lógico que temos tudo dentro da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), temos um cuidado enorme com isto”, diz Pedroso. “Nosso intuito com a NFC é entender melhor onde está o nosso cliente, seus hábitos de consumo, para podermos entregar um produto de melhor qualidade”.
Pedroso destaca que a Cachaça Roma prima pela qualidade desde o início, com as melhores destilarias, o melhor envase, o melhor rótulo e o melhor conteúdo. “Nosso objetivo inclui oferecer um produto premium, garantir sua autenticidade e evoluir ao longo do tempo, sempre com o intuito de melhorar o produto para o nosso cliente, dia após dia”.
Sandra Alvarez, gerente de desenvolvimento de novos negócios da Avery Dennison para México, Colômbia e América Central, afirma que, como estamos atualmente num mercado muito mais automatizado, a NFC auxilia a trazer melhores respostas e mais rapidamente com o intuito de melhorar a experiência do consumidor. “Um estudo feito pelo Gartner, empresa global de consultoria e pesquisa no setor de tecnologia, diz que 90% das empresas competirão por uma ótima experiência do consumidor daqui em diante”, afirma Sandra. “Por isso, as empresas precisam estar muito atentas à sua qualidade e ter produtos em muito boas condições, porque o foco da competição está cada vez mais focado na experiência do cliente. Assim, haverá uma boa associação do cliente com a marca”.
Sandra atesta que a montagem desta experiência do consumidor por meio da NFC não é muito complexa, utilizando as soluções da Avery Dennison. Segundo Sandra, por meio da NFC, os clientes podem classificar os produtos e os localizar geograficamente, além de programar ações específicas. “Em uma cidade, por exemplo, o produto pode oferecer benefícios específicos para aquele consumidor, como promoções. E, ainda, dar informações completas sobre a origem do produto e sua sustentabilidade”.
Alexander Modro, gerente de desenvolvimento de novos negócios e etiquetas inteligentes da Avery Dennison, explicou que com a NFC atende-se a demanda dos fabricantes de produtos, que querem estar mais próximos de seus clientes para poder fidelizá-los; e também a demanda dos consumidores, que querem informações detalhadas sobre os produtos, garantia de autenticidade e uma experiência mais agradável e personalizada, sentindo-se exclusivos.
“Basicamente, juntam-se duas coisas: a tag de NFC, que será colocada no produto, e o acesso que o consumidor terá a partir desta conexão com a marca, tanto sendo conduzido para o site do fabricante, recebendo uma opção de desconto, conhecendo melhor a marca…”, detalha Modro. “Então, NFC é algo que vem acontecendo cada vez mais, já que várias marcas estão colocando isto, inclusive para obter a geolocalização do produto, os hábitos dos consumidores e – com blockchain – se torna possível mostrar como o produto chegou às mãos do consumidor, com total transparência, que é cada vez mais fundamental para os compradores”.
De acordo com Modro, há empresas que utilizam a tecnologia NFC para garantir a autenticidade dos produtos e evitar a falsificação, até mesmo a pirataria, e outras ainda que agregam valor aos produtos prestando serviços diferenciados. “Uma empresa de montanhismo chamada Mammut criou um aplicativo que facilita acesso ao agendamento de viagens recomendadas pela companhia, via NFC, com promoções específicas para os seus consumidores”.
O executivo da Avery Dennison conclui seu raciocínio dizendo que “se o consumidor estiver satisfeito com a marca, ele será facilmente fidelizado e voltará a comprar”.
Assista às entrevistas em vídeo, na íntegra: clique aqui [Português e Espanhol].